segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Saldo natural negativo pelo décimo ano consecutivo - 2018

Fonte: Estatísticas Vitais8 fevereiro 2019
De acordo com os dados preliminares das Estatísticas Vitais 2018, publicadas pelo INE em 08 de fevereiro de 2019:

 Em 2018 registaram-se 87 325 nados-vivos e 113 477 óbitos em território nacional. O número de nados-vivos de mães residentes em Portugal foi 86 973, mais 1,0% em relação a 2017. O número de óbitos de residentes em Portugal foi 112 955, mais 2,9% em relação a 2017. A evolução positiva do número de
nados vivos não compensou, todavia, o aumento do número de óbitos, refletindo-se no agravamento do saldo natural (-25 982), que se mantém negativo pelo décimo ano consecutivo. 
O gráfico, como se vê, respeita ao período de dois anos, entre janeiro de 2016 e dezembro de 2018. Se consultarmos os dados disponibilizados pela PORDATA constatámos que, de facto, os valores do último decénio da taxa bruta de natalidade têm sido inferiores aos valores registados pela taxa bruta de mortalidade:
Ano          TBN             TBM            TSN (valores em permilagem)
2007          9,7              9,8             - 0,1
2008          9,9              9,9               0,0
2009          9,4              9,9             - 0,5
2010          9,6             10,0            - 0,4
2011          9,2              9,7             - 0,5
2012          8,5             10,2            - 1,7
2013          7,9             10,2            - 2,3
2014          7,9             10,1            - 2,2
2015          8,3             10,5            - 2,2
2016          8,4             10,7            - 2,3
2017          8,4             10,7            - 2,3
2018          8,5             11,0            - 2,5
Aliás, como já sabemos de há muito, esta tendência para a redução do saldo natural começou a desenhar-se nos idos anos 60 do século XX e tem-se vindo a acentuar a par da emancipação feminina. Cada vez mais, as mulheres optam por ter o primeiro filho mais tarde o que, na prática, conduz à proliferação dos filhos únicos. Frequentemente, os ligeiros picos registados no número anual de nados-vivos são coincidentes com o maior número de mulheres que, pela sua idade acima dos 30 anos, acabam por ceder ao apelo da Natureza e, consequentemente, à experiência inadiável da maternidade. Analisemos os gráficos seguintes retirados da PORDATA:
Apesar de se verificar um ligeiro aumento da natalidade nos últimos três anos, a mortalidade geral, pelo contrário, manifesta uma pequena subida. O que diz o gráfico que mostra a evolução da idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho? Da década de oitenta do século XX para cá, essa idade tem sofrido um aumento.











Fonte:Blog Geografia, Sociedade e Natureza


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019